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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Novela Amor à vida e o autismo

                                   Novela Amor a Vida 
   Os autores das telenovelas sempre buscam trazer para seu enredo assuntos delicados e populares, para que o público se identifique e fidelize a audiência. Pouco se mostrou a respeito do autismo em novelas, mas esta iniciativa do autor Walcyr Carrasco em Amor à vida (2013-2014), foi válida embora não retratasse com fidedignidade o universo autista.  
  A atriz Bruna Linzmeyer, que interpreta a personagem Linda, fez um bom trabalho. Existem histórias de vida verdadeiras que foram fonte de inspiração, como a de Carly Flischmann do livro Carly´s Voice,  mas é provável que o autor tenha rearranjado essa realidade para ficar mais atrativa aos olhos do público. 
  Então, gostaria de esclarecer que o autismo é uma síndrome ou conjunto de sintomas que compromete as seguintes áreas do desenvolvimento (principalmente): Comunicação (fala), socialização (comportamentos inadequados) e cognição de modo geral.
  O autismo possui variados graus de comprometimento, então sobre a pessoa se relacionar amorosamente com outra, trabalhar, ter filhos, estudar... isso é relativo. Essas pessoas não têm necessariamente o desenvolvimento emocional comprometido, podendo se apaixonar e ter um relacionamento saudável com outra pessoa, ter filhos, etc...sem apoio externo. Já outras conseguem várias realizações mas com apoio externo. Há casos em que o autista precisa de supervisão e apoio constante até na idade adulta, pela inabilidade em tomada de decisão complexa, comunicação ineficiente, ou porque seu grau de desenvolvimento cognitivo não permite que seja considerado legalmente capaz. 
  Na novela foram mostradas poucas cenas em momentos de tratamento, pois na realidade é necessário uma equipe de acompanhamento com psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, neurologista e psiquiatra. Outro recurso representado foi a arteterapia. Contudo, ela deve ser realizada com um propósito e não apenas aleatoriamente ou como recreação. 

 Claro que para a felicidade dos telespectadores, na ficção Linda tem progresso estupendo em tempo recorde. Mas tudo bem, ficou a mensagem de que sempre a família terá dificuldade em lidar, que outras pessoas poderão se aproximar para ajudar e que podem haver progressos se tratado o mais cedo possível.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Primeiros Socorros Emocionais

                                                 
  Primeiros socorros emocionais é um termo que gera curiosidade e estranhamento por não ser utilizado rotineiramente e estar mais associada a medicina e enfermagem. A terminologia surgiu em resposta a frequentes demandas psicossociais advindas de eventos traumatogênicos coletivos. 
  Alguns exemplos são as desastres naturais com mortes e/ou perdas de bens, acidentes com várias vítimas, assassinatos em massa, suicídio, etc. Assim, é preciso uma formação humanitária nas universidades  para que estudantes e profissionais de diversas áreas, possam ser solidários e saber como proceder nestas ocasiões.
  Quando as pessoas estão em crise, sentindo dor física, emocional e desespero coletivo, o profissional ou estudante pode prestar auxilio aliando conhecimento técnico e atitude humanitária. Para tanto é preciso desenvolver a empatia, tolerância para lidar com as reações instintivas das vítimas e familiares, aprendendo a improvisar devido a estrutura de trabalho que certamente não será ideal.
  Para uma melhor atuação dos profissionais da Psicologia é preciso buscar conhecimento a respeito de trauma, psicopatologias associadas, psicossomática, luto, tanatologia, entre outros.