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sábado, 28 de julho de 2012

Questões psicológicas sobre o uso da chupeta

                            

  Olá pessoal! Como sou uma recente tia, me inspirei no meu sobrinho Mateus, para escrever este post sobre o tão debatido uso da chupeta, já que os bebês começam a conhecer mundo pela boca.
  O bebê pode sugar seu dedo desde o período em que esta no útero materno. Existem alguns tipos de sucção que de o bebê faz uso, a nutritiva e a não nutritiva. Aquela compreende a amamentação e mamadeira, e esta a chupeta  e o dedo. A sucção também é uma fonte de prazer e gratificação.
   Normalmente toda fonte de prazer gera relaxamento psíquico e as mães acabam utilizando a sucção não nutritiva como a chupeta como uma tentativa de deixar o bebê mais tranquilo. Deve-se estar atento ao pequeno grande detalhe de que deve ser evitado que a chupeta se torne o substituto frequente do carinho das pessoas que estão em volta e da mãe.
  Porém, o que se pode observar é que na maioria das vezes, a ansiedade e o nervosismo vem por parte da mãe e dos familiares, que estão com dificuldade de lidar com o choro do bebê, o que é normal, e por isso utilizam-se de tudo que estiver ao seu alcance para que seu filho pare de chorar.
  A chupeta é uma espécie de substituto do seio materno porque o faz lembra-lo e desenvolve uma importante função tranquilizante para o bebê. Principalmente quando ele sente falta da mãe, e também quando ele se sente frustrado, triste ou cansado. O adulto responsável não deve usar a chupeta como uma forma de calar o bebê quando ele está chorando sem antes tentar entender os motivos que o levaram ao choro. A chupeta é somente um instrumento útil para acalmar uma possível e momentânea ansiedade do bebê.
  Skinner, autor de linha comportamental, afirma que “os organismos tendem a repetir respostas que levam a um resultado positivo e a não repetir as que levam a um resultado neutro ou negativo”.  Logo, sugar é uma resposta a ser repetida, na medida em que reduz as angústias. A repetição do comportamento torna-o inconsciente e um hábito. Porém, este hábito na maioria das vezes é deixado de lado espontaneamente pelo bebe até os 3 anos de idade, em média.
  Para Melanie Klein, psicanalista pós-freudiana, deve-se manter o equilíbrio entre as necessidades físicas e psíquicas. Em consonância com isso, afirmava que o uso da chupeta é útil, “apesar do desapontamento que causa quando a criança ao sugar não recebe o leite desejado (satisfação parcial do desejo)”.
  Especialistas defendem que os bebês pré-termo ou com menos de 37 semanas, hipotônicos e/ou que apresentem dificuldade para sugar seio materno, podem beneficiar-se do uso da chupeta, desde que esta seja ortodôntica e utilizada com o monitoramento de profissional habilitado para treino de motricidade oral.
  Já os bebês nascidos de termo ou 37 a 40 semanas, que não apresentem dificuldade para amamentar, a sugestão é que evitem o uso da chupeta, principalmente, nos primeiros dias de vida, pois o bebê poderá fazer confusão de bicos, seio materno e chupeta,  e apresentar dificuldade para sugar seio materno.
  Também fica a dica de que o período mínimo preferencial é de 1 mês para que não interfira no aleitamento. Recomenda-se começar a desacostumar os bebês da chupeta por volta de 1 ano, para evitar problemas com a dentição. 

Leia mais em:
Klein M, Isaacs S, Sharpe EF, Searl N, Middlemore MP. A educação de crianças à luz da investigação psicanalítica (traduzido por Spira AM). 2ª ed. Rio de Janeiro: Imago; 1973

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