Olá pessoal! Como sou uma recente tia, me inspirei no meu
sobrinho Mateus, para escrever este post sobre o tão debatido uso da chupeta, já
que os bebês começam a conhecer mundo pela boca.
O bebê pode sugar seu dedo desde o período em que esta no
útero materno. Existem alguns tipos de sucção que de o bebê faz uso, a
nutritiva e a não nutritiva. Aquela compreende a amamentação e mamadeira, e
esta a chupeta e o dedo. A sucção também
é uma fonte de prazer e gratificação.
Normalmente toda fonte
de prazer gera relaxamento psíquico e as mães acabam utilizando a sucção não nutritiva
como a chupeta como uma tentativa de deixar o bebê mais tranquilo. Deve-se
estar atento ao pequeno grande detalhe de que deve ser evitado que a chupeta se
torne o substituto frequente do carinho das pessoas que estão em volta e da
mãe.
Porém, o que se pode observar é que na maioria das vezes, a
ansiedade e o nervosismo vem por parte da mãe e dos familiares, que estão com
dificuldade de lidar com o choro do bebê, o que é normal, e por isso utilizam-se
de tudo que estiver ao seu alcance para que seu filho pare de chorar.
A chupeta é uma espécie de substituto do seio materno porque
o faz lembra-lo e desenvolve uma importante função tranquilizante para o bebê.
Principalmente quando ele sente falta da mãe, e também quando ele se sente
frustrado, triste ou cansado. O adulto responsável não deve usar a chupeta
como uma forma de calar o bebê quando ele está chorando sem antes tentar
entender os motivos que o levaram ao choro. A chupeta é somente um instrumento
útil para acalmar uma possível e momentânea ansiedade do bebê.
Skinner, autor de linha comportamental, afirma que “os
organismos tendem a repetir respostas que levam a um resultado positivo e a não
repetir as que levam a um resultado neutro ou negativo”. Logo, sugar é uma resposta a ser repetida, na
medida em que reduz as angústias. A repetição do comportamento torna-o
inconsciente e um hábito. Porém, este hábito na maioria das vezes é deixado de lado espontaneamente pelo bebe até os 3 anos de idade, em média.
Para Melanie Klein, psicanalista pós-freudiana, deve-se
manter o equilíbrio entre as necessidades físicas e psíquicas. Em consonância
com isso, afirmava que o uso da chupeta é útil, “apesar do desapontamento que
causa quando a criança ao sugar não recebe o leite desejado (satisfação parcial
do desejo)”.
Especialistas defendem que os bebês pré-termo ou com menos
de 37 semanas, hipotônicos e/ou que apresentem dificuldade para sugar seio
materno, podem beneficiar-se do uso da chupeta, desde que esta seja ortodôntica
e utilizada com o monitoramento de profissional habilitado para treino de
motricidade oral.
Já os bebês nascidos
de termo ou 37 a 40 semanas, que não apresentem dificuldade para amamentar, a
sugestão é que evitem o uso da chupeta, principalmente, nos primeiros dias de
vida, pois o bebê poderá fazer confusão de bicos, seio materno e chupeta, e apresentar dificuldade para sugar seio
materno.
Também fica a dica de que o período mínimo preferencial é de
1 mês para que não interfira no aleitamento. Recomenda-se começar a
desacostumar os bebês da chupeta por volta de 1 ano, para evitar problemas com
a dentição.
Leia mais em:
Klein M,
Isaacs S, Sharpe EF, Searl N, Middlemore MP. A educação de crianças à
luz da investigação psicanalítica (traduzido por Spira AM). 2ª ed. Rio de
Janeiro: Imago; 1973
Nenhum comentário:
Postar um comentário