Total de visualizações de página

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Modelo Manicomial


  
   Nem sempre as pessoas tidas como alienistas, alienadas, loucas, etc..., tiveram um local para serem recebidas e tratadas. Foram criados hospitais psiquiátricos, também chamados de manicomios e hospícios. O modelo manicomial é uma forma de tratamento psiquiátrico legítimo para a organização social na era moderna. Tal modelo de organização, também é conhecido popularmente como hospício ou asilo. Os primeiros hospícios europeus foram criados no século XV, mas se expandiram no século XVII e passaram a abrigar também os marginalizados de outras espécies.
    Muitas são as críticas quanto a forma que as pessoas com sofrimento mental eram submetidas. Existem elementos estruturais básicos nesta perspectiva, são eles o internamento e o isolamento. Nos dias atuais com o avanço da ciencia e dos tratamentos, existem mudanças ocorridas na técnica e que também refletem na moral da sociedade. 
   Atualmente existem médicos praticando técnicas de tratamento que estão praticamente extintas, a pacientes com doenças mentais, nos hospitais ou consultórios, com pagamentos particulares e  motivados pela procura dessas pessoas que sentem alivio. Portanto, existem pessoas com transtornos mentais mais severos e outras com quadros menos graves que procuram por espontânea vontade, alternativas além dos medicamentos.
    Surgem duas correntes de diferente pensamento quanto aos tratamentos. A primeira focaliza o tratamento físico, crendo ser a loucura um mal orgânico, fruto de uma lesão ou de um mau funcionamento encefálico e defende o uso de medicamentos, sendo que o ambiente dos manicômios, suas instalações, não são tão relevantes para o tratamento. A segunda acredita no tratamento "moral", práticas psico-pedagógicas, nas terapias afetivas como mais importantes.
    Os hospitais psiquiátricos hoje, podem, não estar funcionando da maneira ideal segundo os profissionais que defendem esta segunda forma de tratamento, contudo, a tragédia ocorrida em nossa cidade é vista por alguns profissionais que pensam de acordo com a primeira forma, que se alguns elementos fossem como nos moldes do passado, não teria ocorrido.
   Caros colegas, tentei explicar um pouco da problemática e os argumentos manicomiais, na próxima postagem irei expor o conteúdo antimanicomial. Sei que a discussão é séria e acirrada, mas atentem para preservação do espírito de respeito e imparcialidade com a opinião do outro.

Fontes:
Vizeu, Fábio.A instituição psiquiátrica moderna sob a perspectiva organizacional. História, ciência, saúde, Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 33-49, jan./abr. 2005. Disponível em: Scielo.
http://www.comciencia.br/reportagens/manicom/manicom8.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário