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domingo, 12 de agosto de 2012

Suicídio na polícia militar, porte de arma e acompanhamento psicológico

                                                      
  Dia 09 de Agosto suicidou-se na cidade de Parnaíba, Luanderson Ferriera Barros, um jovem policial militar de 22 anos que atuava na cavalaria. Este acontecimento trás a tona a necessidade de reflexão sobre as profissões que exigem o porte de arma.
  É preciso avaliar a idade do indivíduo que ira portar arma, bem como os resultados dos testes de avaliação Psicológica que deve ser feita com um profissional credenciado pela polícia federal, entre outros requisitos.
  De acordo com a Lei 10.826/03, a pessoa deve ter idade mínima de 25 anos, exceto para os cargos definidos no artigo 28 desta mesma lei. Assim, foi aberto mão da idade do individuo se ele tiver certo cargo, mas esta relativização não deve passar desapercebida pelo Psicólogo que deve ter o compromisso ético de cuidar para que a Psicologia não sirva como instrumento de disseminação da violência, já que estas avaliações existem para o armamento e não para o desarmamento.
  No caso de Luanderson, é claro que ele estava em sofrimento psíquico, logo não seria adequado permanecer no exercício da profissão sem os cuidados profissionais adequados. Esta é uma profissão que exige muito fisica e emocionalmente das pessoas, pois devem cuidar de si, dos cidadãos, de suas famílias...Segundo estatísticas da Associação Nacional de Chefes de Polícia norte-americana, os policiais de Miami têm duas vezes mais probabilidades de suicidar-se do que ser assassinados em serviço. 
  Deve haver avaliação psicológica numa rotina superior a intervalos de anos, como ocorre. Também deve ser ofertado um acompanhamento psicológico periódico e não apenas quando solicitado por ocasião de algum enfrentamento sangrento ou outros acontecimentos pessoais. Deve haver um cuidado com a saúde mental destes trabalhadores para que estas mortes não aconteçam por este tipo de omissão. Um profissional da saúde mental não pode dar o seu melhor quando não tem oportunidade de acompanhar seu paciente e o contato só se dá na crise mais aguda. Os remédios não são mágicos nem venenos.

Leia mais:

http://www.theiacp.org/
http://www.dpf.gov.br/servicos/armas/aquisicao-de-arma-de-fogo/
http://canalpsirevista.blogspot.com.br/2011/03/os-psicologos-e-o-porte-de-armas.html

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