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domingo, 18 de dezembro de 2011

Idosos e longevidade: maturidade, atividade e dignidade.

                                                         

    O Japão é recordista mundial em longevidade. No Brasil há mais de 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos e com mais de 100 anos são 17.615. Existe um aumento na expectativa de vida e a sociedade precisa perceber os vários assuntos que estão relacionados com seus idosos. É preciso levantar discussões com intenção de promover a qualidade de vida da terceira idade como é a intenção dos debates do Fórum da Longevidade, por exemplo.
    O idoso, vovô ou vovó, precisa de carinho e afeto como todas as pessoas, porém, a atenção deverá ser mais focada em seu cotidiano para perceber quem são eles, como vivem, o que necessitam, pois de modo geral devem ser assistidos por diferentes profissionais, especialistas, enfim, estudiosos de várias áreas do conhecimento humano, como geriatras, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, orientadores ocupacionais, entre outros.
    O psicólogo se faz necessário pois a pessoa com mais de 60 anos, tem a saúde mais fragilizada na maioria das vezes, lida com novas configurações familiares, diferentes das que provavelmente esperava viver, possui atualmente uma responsabilidade financeira maior, enfrenta perdas pois presenciou ou presencia luto por familiares e amigos, se preocupam com a trajetória dos filhos e netos, pois alguns vivenciam o arrependimento de não terem realizados seus objetivos, e muitos os tratam de forma diferente e até preconceituosa, porque não os julgam capazes de realizar algumas atividades e quando não podem realmente, tendem a não aceitar com facilidade, não raro perdem o interesse por atividades, como as higiênicas, principalmente o banho...enfim, essas são só algumas situações com que convivem.
    Pensando tudo isso, seria luxo possuírem assistência psicológica? Não, é necessidade. Inclusive, a longevidade é um assunto para ser pensado em conjunto com toda a família e profissionais, pois todos estão implicados.
    É preciso desconstruir a imagem de inatividade, que é clássica. Estas pessoas estão fortemente sujeitas à crise de identidade, pois sua auto imagem pode ser afetada. Um fator bem positivo é que o idoso atual tende a ser mais saudável que as gerações de seus antepassados, pelos recursos da indústria farmacêutica, atividades físicas, lazer, alimentação saudável, entre outros aspectos.
    A longevidade com vigor, menos stress e lucidez, depende da forma como se encara a vida e neste processo o cérebro é um poderoso aliado, pois deve estar em atividade. Mente e organismo não se separam. O idoso pode e deve continuar a fazer planos, pois, ele é um privilegiado e vencedor de tantas dificuldades ao longo de toda a vida.
    Por fim, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil será o sexto país do mundo até o ano de 2025 em número de idosos, e ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso, bem como os desafios do envelhecimento da população para a saúde pública na sociedade brasileira. Fica o apelo para que cada um possa contribuir minimamente com a melhoria ou manutenção da saúde e qualidade de vida dos idosos, pelo menos os mais próximos, pois assim, já haverá uma mobilização bem mais expressiva.

Referências:

Bolsanello, A., Bolsanello A. G., Bolsanello, M. A., Bolsanello, P. G. Análise do comportamento humano: conselhos. Belo Horizonte, MG, Editora Fapi, 2006.

Gontijo, Suzana. Envelhecimento ativo: uma política de saúde / World Health Organization. Brasília, DF, Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.

IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Referência obtida na Internet. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/. Acesso em: 18/12/2011.

Mais informações:

http://www.cuidardeidosos.com.br/
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=153
http://www.idosossolidarios.com.br/

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